(Re)existências a ruptura do metabolismo entre o ser e natureza: ensaio sobre os Guardiões das Sementes Crioulas de Rio Grande (RS)

Autores/as

  • Darlan Goulart Geógrafo pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Mestrando em Geografia pelo PPGGeo (FURG)
  • Jussara Mantelli Docente do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Palabras clave:

Guardiões, Sementes Crioulas, Rio Grande, Natureza, Ruptura Metabólica

Resumen

Ao longo do desenvolvimento histórico, o ser humano relaciona-se com a natureza através do trabalho, mantendo o que Marx definiu como metabolismo entre sociedade e natureza. Contudo, com o avanço do modo de produção capitalista em escala global e da acumulação primitiva, ocorreu uma ruptura na interação metabólica entre sociedade e natureza, conforme análises de Foster e Clark (2004). Na contemporaneidade, a moderna tecnologia, ligada à engenharia genética e à ciência reducionista, alterou significativamente essa relação ao introduzir sementes geneticamente modificadas, insumos químicos e ferramentas técnicas, agravando a ruptura metabólica. Inicialmente, utilizamos o Materialismo Histórico e Dialético para entender as transformações na concepção das sementes ao longo do tempo. Em seguida, a partir de estudos de campo e entrevistas semiestruturadas, dialogamos com os guardiões das sementes crioulas de Rio Grande, buscando compreender como esses indivíduos percebem sua relação com a natureza através de suas práticas diárias e nas feiras de troca de sementes. Esses guardiões representam um elo que ainda mantém o metabolismo entre ser e natureza, preservando práticas tradicionais e promovendo a conservação da biodiversidade em um cenário dominado por tecnologias modernas e práticas agrícolas industriais.

Biografía del autor/a

Darlan Goulart, Geógrafo pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Mestrando em Geografia pelo PPGGeo (FURG)

Mestrando no Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGGEO-FURG), formado em Licenciatura em Geografia graduando em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Atualmente, faz parte do Núcleo de Pesquisa (R)existências Territoriais e Ambientais (REAT) e do Núcleo de Estudos Agrários e Culturais (ARCA).

Jussara Mantelli, Docente do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Graduada em Geografia Bacharelado (UFSM); Mestre em Geografia (UNESP/Rio Claro); Doutora em Geografia (USP/SP); Pós Doutorado na Universidad Autonoma de Madrid UAM - Espanha (2014) e na Universtà di Bologna UNIBO - Itália (2019). Docente na Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Atuação na área de Geografia Agrária, com ênfase nos seguintes temas: agricultura familiar, movimentos sociais no campo, produção alimentar e agroecologia. Coordenadora do ARCA -Núcleo de Estudos Agrários e Culturais- e responsável pelo Centro de Agroecologia da FURG. Membro Efetiva do Centro de Estudios Humboldt - Buenos Aires (AR)

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Publicado

07/22/2024

Cómo citar

Goulart, D., & Mantelli, J. (2024). (Re)existências a ruptura do metabolismo entre o ser e natureza: ensaio sobre os Guardiões das Sementes Crioulas de Rio Grande (RS). Posición. Revista Del Instituto De Investigaciones Geográficas, (11), 1–19. Recuperado a partir de https://posicion-inigeo.unlu.edu.ar/posicion/article/view/242

Número

Sección

Artículos de investigación científica, tecnológica y de extensión

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